Alerta: pode conter spoilers!
Quando alguém que não conhece The 100 ouve pela primeira vez comentários sobre a série, torce o nariz. Talvez seja o preconceito por ficção científica, por distopias jovens ou pela CW. Quando esta mesma pessoa começa a assistir a primeira temporada, não gosta, mas vê pelo guilty pleasure. Depois de alguns primeiros episódios, já era: lá esta ela e a maioria de nós torcendo para o próximo episódio não demorar.
Esta é uma característica de The 100: é viciante. A terceira temporada chegou chegando e promete!
Quando Murphy encontra a mansão e assiste aos vídeos sobre A.L.I.E. antes do cataclismo, alguma explicação sobre o mundo antes do fim é revelada de forma sutil, enquanto acompanhamos o moço fazendo cosplay de mendigo.
Jaha está cada vez mais esquisito: agora que encontrou a Cidade da Luz, se aliou à mulher-holograma e, sempre otimista, conta com Murphy para entrarem de cabeça nesta busca que pode ou não ser uma emboscada. Cuidado, rapaz, eu não daria a cara a tapa assim tão rápido.
Durante a sequência em que Jaha encontra Murphy e o moço decide dizer algumas verdades para o ex-chanceler, há algo que fica subentendido. Tentando convencer o garoto sobre a Cidade da Luz, Jaha diz que lá não há "dor, raiva e inveja". Será que nesse lugar misterioso as emoções são, de alguma forma, controladas por um governo ou entidade opressora, como visto muitas vezes na literatura distópica? Bom, sendo isso ou não, eu adoraria ver um pouco de 1984 ou O Doador de Memórias em The 100. Seria interessante ver como os personagens se adaptariam a estas mudanças.
E, por falar em mudanças, passados três meses da queda de Mount Weather, Terra-firmes e os Arcadianos conseguiram uma trégua que deu a chance de se instalarem e experimentarem um pouco de paz. Com isso, vemos personagens mais à vontade, deixando para trás o medo frequente dos dois primeiros anos da série. Mas isso não significa que estejam relaxados: entre treinos de luta, planos e mistérios, percebemos que os sobreviventes sabem que o período calmo pode não durar tanto quanto gostariam.
Jasper está acabado com as consequências de Mount Weather. Rancoroso e magoado, é um personagem que espero que supere logo todas as feridas porque olha... não tá fácil, não. Aparentemente o jovem não liga mais para nada, sendo movido por arrogância e dor.
Os relacionamentos, na verdade, estão bagunçados. Até entre amigos as coisas estão por um fio. Bellamy ganhou um novo affair, enquanto Octavia não está feliz por Lincoln estar se enturmando com o pessoal da Arca. É compreensível, já que nem ela mesma se sente parte do seu próprio povo por ter vivido tantos anos escondida, tendo de fazer de conta que não existia pelo bem da sua família. Mas talvez seja um pouco dramático querer mudar todos os seus valores, indo contra a trégua que beneficia a todos, não é mesmo?
E, falando em cabeças duras, Raven não muda o jeito durão. A ferida da perna não apresenta melhoras, deixando Abby incomodada com seu quadro clínico, mas ela não quer ajuda. Pelo contrário, disse poucas e boas para a mãe da Clarke e bem que Abby precisava mesmo daquele sacode, mesmo sabendo que sua filha está em perigo, perdida no meio de um cenário pós-apocalíptico cheio de caçadores e selvagens atrás da sua cabeça.
Vivendo como nômade, escondida da Nação do Gelo por ser uma Wanheda (Comandante da Morte), Clarke nos apresenta uma nova personagem para desespero dos times Bellarke e Clexa.
Quem viu Clarke nos primeiros episódios e a encontra agora, tão madura e independente, fica feliz com a mudança e o desenvolvimento da personagem. Ela está encontrando seu próprio caminho, seguindo seus instintos, sem deixar para trás os seus valores. Diferente de Jasper, Raven ou Octavia, ela preferiu se sacrificar em nome da segurança de todos os outros, dando uma vida menos entediante mais leve para quem tivesse que conviver com quem carrega o peso de tantas mortes na consciência. Estamos orgulhosos, Clarke Griffin!
- Clarke e seu amadurecimento;
- Figurino pós-apocalíptico impecável;
- Raven dizendo verdades;
- Clarke transante;
- Belamy e Lincoln sem camisa.
P o n t o s b a i x o s:
- Quantidade de gente cabeça-dura em um único episódio (Jasper, Octavia e Raven);
- Velocidade dos fatos: muito acontecimento em pouco tempo;
P e r g u n t a s q u e f i c a r a m:
- Cadê Lexa?
- A Cidade da Luz vai demorar muito a aparecer? O que esperar dela?
- De onde saíram os carros?
- Como A.L.I.E e sua tecnologia sobreviveram ao apocalipse nuclear?
- Jaha está entrando em uma furada?
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